A rotação de culturas é uma das Boas Práticas Agronômicas porque contribui com a conservação do solo e com o controle de pragas e doenças da lavoura. Descubra aqui como adotar esse tipo de prática no campo.
A rotação de culturas consiste em alternar, de forma ordenada, diferentes espécies vegetais em determinado espaço de tempo, na mesma área e na mesma estação do ano. As espécies escolhidas devem ter, ao mesmo tempo, propósito comercial e de recuperação do solo. Dessa forma, evita-se também o desenvolvimento de pragas e doenças devido à alternância de espécies de plantas hospedeiras.
A monocultura (cultivo de uma única cultura durante várias safras) ou até mesmo a sucessão de culturas (alternância entre duas culturas na mesma área, cada uma cultivada em uma estação do ano – safra e entressafra) tendem a provocar a degradação física, química e biológica do solo. Esses sistemas também podem provocar a queda da produtividade das culturas, pois favorecem o desenvolvimento de pragas, doenças e plantas daninhas.
Com a adoção da prática de rotação de culturas esses efeitos podem ser revertidos ou minimizados. A prática oferece benefícios que ajudam a conservar e proteger o solo. Também promove maior diversidade de espécies, ou seja, maior sustentabilidade na produção agrícola.
SAIBA MAIS
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Os benefícios da rotação de culturas são:
Para a obtenção de máxima eficiência na melhoria da capacidade produtiva do solo, o planejamento da rotação de culturas deve considerar:
Nesse planejamento é necessário considerar que não basta apenas estabelecer e conduzir a melhor sequência de culturas, dispondo-as nas diferentes divisões na propriedade. É necessário também que o agricultor utilize todas as demais tecnologias à sua disposição, entre as quais destacam-se:
Para a obtenção de um sistema mais produtivo e ambientalmente mais sustentável é fundamental estar atento à escolha das espécies para a rotação de culturas. No Brasil, devido à pouca disponibilidade de espécies de valor comercial adaptadas às diferentes condições, utiliza-se plantas de cobertura e adubos verdes. Essas podem ser: aveia-branca (Avena sativa), aveia-preta (Avena strigose), milheto (Pennisetum glaucum), tremoço (Lupinus albus L), girassol (Helianthus annuus) e várias espécies de pastagens, entre outras.
Mesmo assim, essas espécies também possuem o seu desenvolvimento dependente das condições do solo, do clima e da época de cultivo. Independentemente da cultura comercial utilizada e da região, elas são importantes para a produção de palhada e para o controle da erosão.
Geralmente essas espécies produzem grandes quantidades de biomassa. Podem ser cultivadas isoladamente ou em consórcio com outras culturas. Dessa forma propiciam excelentes condições para a manutenção de altas produtividades ou para recuperação de áreas degradadas.